sexta-feira, 13 de agosto de 2010

História de um grande amor

Lembranças de um grande amor. Como é bom quando às vezes somos tomados de assalto pelas memórias de um grande amor. Não quero ficar preso às emoções do amor de namorado, homem e mulher. Não! Quero falar do amor que nos move à vida.

O que é mais bonito que o amor de uma criança? A maturidade do amor vindo da “imaturidade” do ser? Talvez possa me arriscar em dizer que crianças são mais maduras que muitos adultos que pelo mundo vagueiam a esmo.

Quando falo em amor de uma criança, logo remeto àquele amor desprendido. Amor que partilha, que doa o máximo de si mesmo sendo pouco. Amor que renasce, ressurge... Revivi!

Amor este que nos leva a dependurarmo-nos no pescoço do outro, passando-lhe o mais carinhoso afeto sem medir esforços e pedir nada em troca. Amor desprendido.

E, novamente digo, como é bom quando às vezes somos tomados de assalto pelas memórias de um grande amor. Deste grande amor! Como é bom quando as circunstâncias do dia nos fazem lembrar aquele sentimento que marcou época em nossas vidas. Mesmo que a força do tempo teime em tentar afastar os eternos amantes!

É estranho. Difícil entender a lógica do amor desprendido; muitas vezes no âmbito da imaturidade do ser, nos perdemos na questão e, talvez, confundimos a lógica. Quantos casais de namorados surgem entre grandes amigos e acaba não sobrevivendo ante as dificuldades do dia-a-dia? Será que posso dizer que isso acontece pelo motivo de tentar prender aquilo que não se prende?

Os grandes amores são assim. Amigos que se amam, que fazem de tudo para estar juntos, partilhar a vida e tudo que ela oferece. Viver junto às alegrias, as tristezas, as mudanças, os êxitos... Ou nada além de uma hora em frente à televisão vendo um bom filme com pipoca... Ou então o simples fato de deitar na grama, à noite, vendo as estrelas... Ou talvez, no silêncio, olhar no olho e sentir, junto, aquilo que está preso no coração e não se tem coragem de dizer.

Os grandes amores são eternos, nem o tempo pode romper. As pessoas se afastam, novos amores surgem, nova vida se leva... Mas um dia, a memória – por mais fraca que ela seja – vai acabar te convidando a reviver, pelas lembranças, a grande história de um grande amor!

 
 
Paulo de Oliveira dos Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

Amei este texto, posso rouba-lo para colocar em meu blog?