terça-feira, 24 de agosto de 2010

Razões...

Quais as razões que nos motiva a escrever? As razões que durante séculos vem nos convidando a deitar a pena sobre o papel e tentar transmitir o íntimo do que nos ocupa o coração?

Tudo na vida parte de uma motivação especial. Amores, sofrimentos, alegrias, dores... O exterior dos nossos atos parte do interior dos nossos sentimentos.

Muitas vezes estamos num misto de sentimentos que não sabemos sequer como expressar. Às vezes nos perdemos no nosso próprio sentir; e – por incrível que pareça – não são raras às vezes.

Quanto aos motivos de pegar uma folha branca e nela começar a rabiscar o profundo da alma, parte da experiência de partilhar e fazer com que a partilha toque o coração daquele que vive das mesmas circunstâncias.

Não importa, pode ser que da minha vontade saia a escrita de um conto, crônica, romance ou o que vier, mas sempre virá da experiência de um sentimento que toca o coração. Por isso os textos são sempre atuais, ou você dirá que Fernando Pessoa é algo velho?

As folhas em branco são ótimas companhias. Os cadernos, grandes amigos. Muitos dos nossos cadernos nos dão a chance de reviver a nossa história, as nossas mudanças, os nossos sonhos, medos, angústias...

Muitas das confidências ficam nos rascunhos, junto das lágrimas que algumas vezes teimam em rolar.

Inicio com uma pergunta propositalmente. Assim você pensa, reflete. Talvez se anime e comece, hoje, a escrever a sua história dos dias que se iniciam.



Paulo de Oliveira dos Santos





sexta-feira, 13 de agosto de 2010

História de um grande amor

Lembranças de um grande amor. Como é bom quando às vezes somos tomados de assalto pelas memórias de um grande amor. Não quero ficar preso às emoções do amor de namorado, homem e mulher. Não! Quero falar do amor que nos move à vida.

O que é mais bonito que o amor de uma criança? A maturidade do amor vindo da “imaturidade” do ser? Talvez possa me arriscar em dizer que crianças são mais maduras que muitos adultos que pelo mundo vagueiam a esmo.

Quando falo em amor de uma criança, logo remeto àquele amor desprendido. Amor que partilha, que doa o máximo de si mesmo sendo pouco. Amor que renasce, ressurge... Revivi!

Amor este que nos leva a dependurarmo-nos no pescoço do outro, passando-lhe o mais carinhoso afeto sem medir esforços e pedir nada em troca. Amor desprendido.

E, novamente digo, como é bom quando às vezes somos tomados de assalto pelas memórias de um grande amor. Deste grande amor! Como é bom quando as circunstâncias do dia nos fazem lembrar aquele sentimento que marcou época em nossas vidas. Mesmo que a força do tempo teime em tentar afastar os eternos amantes!

É estranho. Difícil entender a lógica do amor desprendido; muitas vezes no âmbito da imaturidade do ser, nos perdemos na questão e, talvez, confundimos a lógica. Quantos casais de namorados surgem entre grandes amigos e acaba não sobrevivendo ante as dificuldades do dia-a-dia? Será que posso dizer que isso acontece pelo motivo de tentar prender aquilo que não se prende?

Os grandes amores são assim. Amigos que se amam, que fazem de tudo para estar juntos, partilhar a vida e tudo que ela oferece. Viver junto às alegrias, as tristezas, as mudanças, os êxitos... Ou nada além de uma hora em frente à televisão vendo um bom filme com pipoca... Ou então o simples fato de deitar na grama, à noite, vendo as estrelas... Ou talvez, no silêncio, olhar no olho e sentir, junto, aquilo que está preso no coração e não se tem coragem de dizer.

Os grandes amores são eternos, nem o tempo pode romper. As pessoas se afastam, novos amores surgem, nova vida se leva... Mas um dia, a memória – por mais fraca que ela seja – vai acabar te convidando a reviver, pelas lembranças, a grande história de um grande amor!

 
 
Paulo de Oliveira dos Santos

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Eternos Devaneios – I

Sei lá... Passando por tantos blogs percebi que este é um dos poucos que tem por título o nome do seu autor. Isso me chamou atenção e, então, resolvi escrever!

Não costumo escrever coisas a meu respeito, não tenho mania de cultivar diários, acho que os momentos da vida não precisam ser guardados em registros escritos. Pelo contrário, é algo que deve ser vivido... Apenas!
Pela primeira vez escrevo algo inteiramente meu, sei que muitas vezes vou me perder durante a escrita e tomarei a iniciativa de te incluir na história por meio do pronome “NÓS”... Não te acanhes; se perceberes que podes tomar posse do que digo, imagine que foi pensando em ti que me debrucei sobre o “papel” e escrevi as mais longas linhas do teu íntimo.

Reparando no que escrevi, percebo que inicio com a expressão “Sei lá...”; creio que estou um pouco perdido, quem sabe siga por um lado, quem sabe vá para o outro. Como a vida, o papel em branco é cheio de caminhos, que durante o tempo vou percorrendo e tendo de fazer escolhas. Como a vida, o papel mancha e por mais que eu apague aquele pequeno erro cometido, sempre vai ter, ao menos, uma pequena marca denotando algo passado.

Se me permites, voltemos a ideia do primeiro parágrafo. Pensando um pouco sobre ter o blog com o próprio nome do seu autor, consigo ver algumas razões que não o tornam personalista: nem o blog, nem o autor! A ideia de chamá-lo “Paulinho”, passa pela questão que os textos aqui publicados abordam questões que são do íntimo de cada um.

Muitos são os “Paulinho’s” que podem se colocar como autor deste blog, em relação ao sentimento que os textos podem nos passar. O sentimento é natural e pessoal. Não sei o que tu sentes ao ler o que aqui é publicado, mas sei que só tu podes sentir.

Da mesma forma na nossa vida, percebo que muitas situações reais nos levam a sentir algo que só nós podemos sentir. Muitas vezes nos colocamos no lugar do outro em uma situação e sentimos um sentimento único. Só nós podemos sentir aquilo que essa experiência nos passou, por mais que seja uma experiência banal.

Muitas linhas foram sendo preenchidas no decorrer deste tempo, tanto no papel como na vida. Não sei o tamanho do papel que tenho. Não sei a forma como será escrito. Mas paro um pouco por aqui, logo mais volto e torno a me prender nos meus eternos devaneios!


Paulo de Oliveira dos Santos

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Imaginação

                     Abaixo uma das músicas mais bonitos que eu conheço!! Marca muito a minha vida!

Imaginação

Pensei que a chuva era prata pensei que o céu tinha chão
Se eu tive medo da mata e medo da escuridão
Pensei em ser acrobata e até voar num balão
Com uma espada de lata enfrentaria o dragão.
 
Todo dia eu agradeço então , por Deus ter me dado a imaginação
E hoje grande eu pensarei com o coração
E me farei criança amando a criação.

Hoje eu me faço pequeno, cantado essa canção
E o mundo se faz sereno nas infância é sempre verão
E brinco nesse acordes, irmão mais velho bobão
Brincando se ser criança nas notas dessa canção.

Todo dia eu agradeço então , por Deus ter me dado a imaginação
E hoje grande eu pensarei com o coração
E me farei criança amando a criação.

E retornarei, e retornarei, ao tempo em que o chão, 
ao tempo em que um chão, ficava no céu, ÔÔÔ
E eu num balão, a chuva era prata, a chuva era prata, na escuridão, na escuridão,
E eu era acrobata , de lata e de imaginação.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Família

Família é coisa estranha. Ora se bate, ora se abraça; ora se ama, ora se odeia; ora se xinga, ora se defende! Família é família.

Família acorda junto, come junto, vive junto. Família é família!
Há quem diga que família não é mais isso. Há quem diga que família já não existe mais. Com o tempo, as coisas foram mudando, as atividades familiares foram perdendo espaço no quotidiano das pessoas. A família foi se tornando parte da dinâmica “fast-food”, tudo foi se tornando rápido e descartável. Até mesmo o convívio e os sentimentos que ele proporciona.

Família é família. Mãe, pai, filhos. Avó, avô, netos. Tio, tia, sobrinhos. Ou isso, ou aquilo, mas família.

A mãe às vezes enlouquece, o pai superprotege, avó se mete na criação e tudo vira festa dentro de uma confusão! Família é família.

 
Paulo de Oliveira dos Santos
 

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sangrando!

"Quando eu soltar a minha voz por favor, entenda
Que palavras por palavras eis aqui uma pessoa se entregando
Coração na boca, peito aberto, vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando
Quando eu abrir a minha garganta, essa força tanta
Tudo que você ouvir, esteja certa que eu estarei vivendo
Veja o brilho dos meus olhos e o tremor das minhas mãos
E o meu corpo tão suado, transbordando toda raça e emoção
E se eu chorar e o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante que o teu canto é minha força pra cantar
Quando eu soltar a minha voz por favor entenda
Que é apenas o meu jeito viver
O que é amar..." (Gonzaguinha)

Inicio este texto com essa bela canção de Gonzaguinha. Não quero escrever nada que possa ser comprido demais para aqueles que não são tão amigos da leitura, mas quero escrever algo que me toca o coração e merece algumas linhas.


Com uma letra confessional dessas, devo falar de amor, devo falar de certeza. Solidão... Talvez. Essa canção me leva a refletir na certeza do verdadeiro amor, mas – principalmente – na certeza de viver o verdadeiro sentimento e expô-lo.

As idas e vindas, o caminhar, na vida, nos leva a nos apaixonar. A vida sem paixão não tem graça. Não tem graça viver uma vida longe de um sentimento que nos dá ânimo e toca o coração.

Muitas são as paixões que vem e vão. Muitas são as vidas que são tocadas. Muitas vezes se jura o amor eterno e não o vive! É necessário viver inteiramente o sentimento que nos impulsiona.

É necessário mostrá-lo por meio das nossas atitudes aquilo que sentimos e somos. Somos frutos do amor, sentimos amor.

“Quando eu abrir a minha garganta, essa força tanta. Tudo que você ouvir, esteja certa que eu estarei vivendo”. Que saibamos ser verdadeiros. Que sejamos àquilo que queremos ser!

“Quando eu soltar a minha voz, por favor entenda, que é apenas o meu jeito de viver o que é amar”.

 
Paulo de Oliveira dos Santos

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Tempo Perdido 2

Você já parou para pensar na rapidez como as coisas andam hoje? Já reparou como os dias parecem mais rápidos, os meses... Anos? Pois é, eu tenho notado isso ultimamente. Não é só o tempo que tem sido rápido demais, mas os pensamentos têm avançado de uma maneira, que eu considero, absurda!


Em nome de um tal “avanço”, se prega a ruptura do conservadorismo. Diz-se que pensar como sempre se pensou, colocando valores morais e éticos a frente de bandeiras e lutas, é retrocesso. Retrocesso é voltar à idade dos primórdios da civilização!

Sabe-se que com a idade o homem, e uso homem para o sentido geral de humanidade, costuma modificar o seu pensar, o seu agir, por causa do amadurecimento que a vivência da vida lhe propôs. Assim também é com a humanidade, com o tempo vamos modificando o nosso agir e pensar para tornar a sociedade mais civilizada, mas a partir do momento em que passamos a quebrar alguns elos da corrente, que nem são tão ruins, apenas por querer se mostrar revolucionário aí sim está se pregando o retrocesso sem nem notar.

Claro que muitas coisas devem avançar, sair do pensamento retrógrado que as formulou. Quantos maridos batem nas suas esposas, as tratam pior que animais. Isso é algo a ser mudado sim. Os direitos devem ser garantidos de forma que garantam a ordem pública e o amadurecimento das pessoas. Mas querer garantir direitos apenas pelo fato de tudo ser normal... Isso é algo a ser pensado.

Tenho sim as minhas bandeiras de luta e não as nego! E pretendo continuar lutando por elas não importa o estado de vida que eu esteja.

Devemos ter cuidado com a forma de como vivemos a vida, muitas vezes acabamos perdendo o nosso tempo. Os dias parecem mais rápidos, os meses... Anos! Sim parecem. E muitas vezes estamos perdendo o nosso tempo com coisas banais e não nos damos conta. Falsas bandeiras, falsas ideologias apenas por querer nos fazer libertários em relação a pensamentos conservadores, acabam fazendo com que a vida não valha à pena.

“Todos os dias quando acordo não tenho mais o tempo que passou” nos diz Renato Russo. “Mas tenho muito tempo!” O tempo que passou, passou; mas ainda temos muito tempo para viver!

“Não temos tempo a perder. (...) Somos tão jovens!” Ainda temos tempo para viver, viver bem. Não podemos perder o nosso tempo. Todos somos jovens, não importa a idade que tenhamos, basta viver o tempo que nos resta... Caso contrário, será tempo perdido!



Paulo de Oliveira dos Santos