
Tudo são papéis. Se pararmos para pensar, até mesmo nós, nada mais somos do que papéis. Certidão de Nascimento, Carteira de Identidade, Certidão de Casamento, dinheiro, notas fiscais, até o fatídico fim... Certidão de Óbito. Para a humanidade as coisas só têm valor, se estiverem escritas num papel.
Quando nascemos, não passamos de uma "coisa", um corpo, só teremos vida e passaremos a ser importante para a sociedade, se estivermos registrados num papel. A tal Certidão de Nascimento. Depois de grandes, essa Certidão deve ser substituída por uma carteira, e além de papel, passamos a ser números, também.
- Quem é o senhor? - pergunta o gerente do Banco.
- Eu sou o 4055879053! - responde todo animado, por ter conseguido decorar o seu número.
Daí por diante, o número passa a nos acompanhar a vida toda também. De RG, passamos a CPF, Carteira de Habilitação e assim por diante. Tudo são papéis e números. Sempre nessa ordem. O papel é sempre mais importante.
As maiores brigas da humanidade são por causa do papel. Embora ninguém note, o papel é o grande vilão da história. O papel significa poder. Ainda mais se esse papel for "verdinho", tiver estampado o rosto de um dos presidentes americano, estar escrito um número nele. E se chamar DÓLAR. Aí sim. É o caos. País invade país por causa do tal do Dólar, que teima em se fazer de melhor qualidade. Bolsas caem, Dólar sobe, a inflação dispara. O caos está anunciado. Tudo por causa de um papel. O dinheiro. Ou você acha que as grandes civilizações brigariam por pequenos níqueis? As civilizações querem e gostam de papel. Níquel quase não tem valor, papel sim... Papel tem muito valor.
A crise financeira poderia ser muito bem resolvida se os Bancos Centrais resolvessem liberar mais papel. Ou desse mais valor ao níquel que já está em circulação. Mas níquel não... Não dá! Níquel vai contra os princípios.
O casal 9784522 sai do Cartório depois de se casarem. Agora sim, podem se dizer casados. Os 35 anos que viveram juntos sem a Certidão de Casamento e o número do registro não significam nada para as sociedade. Nas rodas de amigos, sempre vinha a pergunta:
- Há quanto tempo vocês estão juntos?
- Estamos casados há 33 anos.
- Hum! Estão juntos há 33 anos.
Juntos, sim... Casados, não. Eles não tem o papel. Agora podem-se dizer casados. Agora a sociedade pode considerá-los um verdadeiro casal. Os verdadeiros casais são aqueles que possuem o papel.
Após uma discussão, o casal resolve se separar e na hora da divisão, Tereza pega para si mais coisas do que Diego.
- Ei! Essa televisão é minha. - diz ele.
- Você tem a nota?
Ele olha em volta, não tinha.
- Então a televisão é minha.
E assim vai. Até mesmo em uma separação, o casal só está separado se houver algum papel atestando. Tudo são papéis.
Quando percebemos, até para morrer decentemente precisamos de um papel. As pessoas precisam confirmar a sua morte. E, essa confirmação só se dá graças a um papel. Você já imaginou se no dia que nascemos, recebemos do tabelião, por engano, ao invés da Certidão de Nascimento uma Certidão de Óbito. Tente se imaginar brigando para confirmar que você está vivo. Que você é uma pessoa que ainda não morreu.
Pois é, o papel tem mais influência na sociedade do que nós. A sociedade não quer pessoas, mas sim, papéis. Mas um dia, eles se darão conta de que papel prejudica o meio ambiente, e com a grande tecnologia que nos engloba, passaremos a não ser mais papéis, mas seremos "chip's". Grandes "chip's" em movimentação para dar vida à sociedade.
Paulo de Oliveira dos Santos.
Quando nascemos, não passamos de uma "coisa", um corpo, só teremos vida e passaremos a ser importante para a sociedade, se estivermos registrados num papel. A tal Certidão de Nascimento. Depois de grandes, essa Certidão deve ser substituída por uma carteira, e além de papel, passamos a ser números, também.
- Quem é o senhor? - pergunta o gerente do Banco.
- Eu sou o 4055879053! - responde todo animado, por ter conseguido decorar o seu número.
Daí por diante, o número passa a nos acompanhar a vida toda também. De RG, passamos a CPF, Carteira de Habilitação e assim por diante. Tudo são papéis e números. Sempre nessa ordem. O papel é sempre mais importante.
As maiores brigas da humanidade são por causa do papel. Embora ninguém note, o papel é o grande vilão da história. O papel significa poder. Ainda mais se esse papel for "verdinho", tiver estampado o rosto de um dos presidentes americano, estar escrito um número nele. E se chamar DÓLAR. Aí sim. É o caos. País invade país por causa do tal do Dólar, que teima em se fazer de melhor qualidade. Bolsas caem, Dólar sobe, a inflação dispara. O caos está anunciado. Tudo por causa de um papel. O dinheiro. Ou você acha que as grandes civilizações brigariam por pequenos níqueis? As civilizações querem e gostam de papel. Níquel quase não tem valor, papel sim... Papel tem muito valor.
A crise financeira poderia ser muito bem resolvida se os Bancos Centrais resolvessem liberar mais papel. Ou desse mais valor ao níquel que já está em circulação. Mas níquel não... Não dá! Níquel vai contra os princípios.
O casal 9784522 sai do Cartório depois de se casarem. Agora sim, podem se dizer casados. Os 35 anos que viveram juntos sem a Certidão de Casamento e o número do registro não significam nada para as sociedade. Nas rodas de amigos, sempre vinha a pergunta:
- Há quanto tempo vocês estão juntos?
- Estamos casados há 33 anos.
- Hum! Estão juntos há 33 anos.
Juntos, sim... Casados, não. Eles não tem o papel. Agora podem-se dizer casados. Agora a sociedade pode considerá-los um verdadeiro casal. Os verdadeiros casais são aqueles que possuem o papel.
Após uma discussão, o casal resolve se separar e na hora da divisão, Tereza pega para si mais coisas do que Diego.
- Ei! Essa televisão é minha. - diz ele.
- Você tem a nota?
Ele olha em volta, não tinha.
- Então a televisão é minha.
E assim vai. Até mesmo em uma separação, o casal só está separado se houver algum papel atestando. Tudo são papéis.
Quando percebemos, até para morrer decentemente precisamos de um papel. As pessoas precisam confirmar a sua morte. E, essa confirmação só se dá graças a um papel. Você já imaginou se no dia que nascemos, recebemos do tabelião, por engano, ao invés da Certidão de Nascimento uma Certidão de Óbito. Tente se imaginar brigando para confirmar que você está vivo. Que você é uma pessoa que ainda não morreu.
Pois é, o papel tem mais influência na sociedade do que nós. A sociedade não quer pessoas, mas sim, papéis. Mas um dia, eles se darão conta de que papel prejudica o meio ambiente, e com a grande tecnologia que nos engloba, passaremos a não ser mais papéis, mas seremos "chip's". Grandes "chip's" em movimentação para dar vida à sociedade.
Paulo de Oliveira dos Santos.
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