Hoje, quero partilhar com vocês um texto meu que foi publicado no Jornal VS - de circulação no Vale dos Sinos. Coluna Opinião, com publicação no dia 08/12/2010.
Sociedade do amor
Os cultuadores de uma sociedade alternativa, por mais a frente do seu tempo que fossem, jamais conseguiram imaginar onde essa idéia “revolucionária” em relação a uma sociedade injusta e presa a conceitos morais tão retrógrados chegaria.
Durante todo um tempo, podemos trabalhar a nossa expectativa e a nossa condição para que com a criação de uma “nova sociedade”, sem leis e sem pudor, conseguíssemos aumentar e qualificar os laços humanos e, assim, toda uma nova cultura de pensadores e adeptos do amor, da liberdade e da paz!
Ser portador dessa “sociedade pós-moderna” seria, com certeza, uma grande honra. Portar a experiência do novo seria como ter a capacidade de derrubar grandes barreiras sociais, deixadas pelas grandes políticas, muitas vezes, injustas. Seria como mostrar o avesso do atual, um avesso que dá certo em relação a um atual tão decadente.
Ao mesmo tempo, a ascensão dessa sociedade seria uma grande resposta ao Cristianismo “refreador” que se perpetua por muitos anos a frente da sociedade.
Mas, com o passar dos tempos, essa tentativa de uma nova vida social foi se massificando ao passo que ia diluindo seus próprios conceitos. A falta de lei foi chamando vários adeptos à caminhada, que acabaram transviando a ideia inicial dessa sociedade livre.
Liberdade demais, talvez. Com essas lideranças atuais, percebemos que não estamos maduros o suficiente para tal liberdade. Liberdade de sexo, liberdade das drogas. Ao mesmo tempo em que vemos crescer de forma assustadora o número de jovens com HIV, o número de mortos em assaltos, o número de pessoas em clínicas de tratamento para dependentes químicos de todas as idades.
Vemos crescer as estatísticas do tráfico, seja ele, de drogas, de armas, de pessoas e até mesmo de influências.
São Jerônimo, padre católico, nos diz que o Cristianismo “é menor entre todas as doutrinas filosóficas, mas ao contrário de todas as doutrinas, é a única que cresce como uma árvore” e por isso dá frutos.
Só há uma coisa capaz de substituir a lei: o amor. Esses são os frutos da árvore de que São Jerônimo nos fala e só pelo amor é capaz de surgir uma verdadeira sociedade real.
Paulo de Oliveira dos Santos, estudante de Letras do Unilasalle e dirigente do EJC Paróquia São Pedro
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