domingo, 24 de abril de 2011

Ressuscitados com Cristo

Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus;” Colossenses 3,1.
        
             Gosto de falar de sentimentos! Falar de sentimentos é falar de mim... Não tenho medo de falar sobre mim, do que sinto.
            Hoje abro meu coração para falar da grande alegria que toma conta de mim e, com certeza, de muitos. Passamos quarenta dias olhando para nossa vida, nossas emoções, nossas misérias também. Para, enfim, entrarmos na Semana Santa.
            Aqui, vivemos o tempo do serviço, da entrega total e por fim da alegria! Aquele que se conhece sabe até onde serve, até onde é a totalidade da sua entrega, para ter uma alegria plena!
            São Paulo nos condiciona, que “se ressuscitamos com Cristo(...).” Hoje é o dia da alegria. Deixemos aquele que ficou para assim ressuscitarmos com o Mestre.
            Não tem sentido viver a Páscoa anualmente, se não fizermos a passagem do homem velho para o novo! Não tem sentido viver cada momento apenas como recordação. Não! Devemos ter coragem e, como diz São Paulo, “buscar as coisas do alto, onde Cristo está entronizado à direita de Deus.”
            Hoje é dia de alegria, mas só se alegra plenamente aquele que entende que hoje é dia de ressuscitar, renascer junto com Nosso Senhor! Rolar a pedra do sepulcro que nos aprisiona e juntos com a Igreja Triunfante gritarmos “ALELUIA!”

Paulo dos Santos

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Saudade que eu gosto de ter!

Muitas vezes quero esconder os meus sentimentos, não sei por que ainda tento, não sou bom nisso! Sou muito transparente com as minhas emoções, todos sabem quando estou feliz, com raiva... Amando ou odiando! Transparece no meu jeito, no meu olhar bobo, na minha fala – muitas vezes – adocicada!

Fizeste-me amar! Abri o meu coração totalmente! Senti o mais belo de todos os sentimentos. Foste a necessidade mais importante e – perdoem-me a redundância – necessária que já pude ter!

Ah! Como amei! E ainda amo! Não nego os sentimentos que me rodeiam, os aceito! Vivo com eles da melhor forma possível!

Foste o braço e abraço, a boca e o nó! Ainda és parte da minha vida e, por isso, não tento esquecer! Lembro e, na lembrança, revivo cada momento... Cada toque, cada olhar! Lembrar, reviver, faz bem!

Não choro o passado. Se ainda choro, é pela beleza do sentimento que ficou! És uma linda história de amor e para sempre será!



Paulo dos Santos


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Louco, sim!

“Sim sou muito louco, não vou me curar. Já não sou o único que encontrou a paz. Mas louco é quem me diz e não é feliz... Eu sou feliz” Arnaldo Baptista / Rita Lee





É assim que inicio este texto hoje. Não tenho pretensão alguma de fazer rodeios em torno das loucuras. Ou então de filosofar. Quero ser honesto! E ser honesto às vezes é sinônimo de ser firme, forte, consigo mesmo.

Já é um grande exercício de honestidade autodeclarar-se louco e, ao mesmo tempo, refutar a cura. Concomitantemente, falo de uma loucura que me leva a encontrar a paz.

Parece difícil que a loucura nos leve a encontrar a paz. Normalmente, quando somos atestados como loucos, somos retirados do convívio social, familiar, mesmo permanecendo no meio de todos. Mesmo sem sermos internados em uma clínica ou hospício.

Ninguém mais dá crédito às nossas palavras e as pessoas mais próximas chegam a cortar caminho para não nos encontrar na rua. Mas mesmo assim, me refiro a uma loucura que nos faz encontrar a paz!

Sim! Estou falando da loucura de nos prendermos a cruz e nos abraçarmos a Deus! Não existe loucura maior, São Paulo nos diz. Mas é uma loucura que sem dúvida nos leva a encontrar a paz, o amor, a vida!

Para o mundo, isso não é felicidade! Para alguns, a felicidade está em uma vida sexual desregrada, no uso contínuo de substâncias tóxicas, no vício do jogo... Mas são tudo momentos passageiros! O sexo termina, o efeito alucinógeno passa, o jogo nos tira tudo e, com isso, cada vez mais temos que nos preencher nessas coisas para não deixar que o vazio tome conta! Isso não é ser feliz – desculpe-me, mas isso é preenchimento de vazio.

Preencher o vazio de forma errada, não dá certo! Nos afunda, nos tira integridade física e moral, nos desfigura! Faz mal!

Bem na verdade, louco é quem nos aponta, mas no fundo não é feliz! Apenas foge da sua realidade com coisas passageiras por medo de encarar a si próprio e os seus defeitos!

Eu sou feliz e muitas outras pessoas também!





Paulo dos Santos